Eis o momento do recolhimento.
Escrevo como nunca, tomo notas como nunca, rememoro como nunca - também repito como nunca.
Repito um momento parecido, esses que se assemelham ao caos do qual falava Nietzsche, necessário para dar luz a uma estrela. O quarto recém-arrumado delimita outra de mim mesma, também com outras vontades não-minhas-apropriadas (ou já-minhas-reapropriadas). Fase de mudança, andância e errância. Falta de constância, para resumir. Vejo-me na ânsia (para rimar) de novos sabores ao mesmo tempo que hesito em provar outro prato. Coloco-me distante e vazia em momentos que deveriam ser completamente preenchidos. Pergunto-me onde estarão os planos tão bem estruturados em cartões de boas-vindas recebidos pela minha mãe na maternidade. Ligo para meu pai - ele chora (de desespero diante do meu desespero). Ouço a rua, os pássaros não cantam porque chove. A tempestade pára - e vem a calmaria...
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antes só, do que estranhamente acompanhada.
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Eis o momento do recolhimento. Escrevo como nunca, tomo notas como nunca, rememoro como nunca - também repito como nunca. Repito um moment...
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Um comentário:
Ju, não sou expert em textos, vc sabe disso... Mas achei ele bem estruturado, tenso... com um quê de questionamento existencial... Mas veja bem... há sempre um raio de sol a nos iluminar, mesmo naqueles momentos mais tenebrosos da nossa existência... Drummond é esse raio de sol... Siga com ele... e tudo se iluminará.... Beijos...
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