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sábado, 23 de outubro de 2010

Itabira é apenas um retrato na parede. Mas como dói!

Eis o momento do recolhimento.
Escrevo como nunca, tomo notas como nunca, rememoro como nunca - também repito como nunca.
Repito um momento parecido, esses que se assemelham ao caos do qual falava Nietzsche, necessário para dar luz a uma estrela. O quarto recém-arrumado delimita outra de mim mesma, também com outras vontades não-minhas-apropriadas (ou já-minhas-reapropriadas). Fase de mudança, andância e errância. Falta de constância, para resumir. Vejo-me na ânsia (para rimar) de novos sabores ao mesmo tempo que hesito em provar outro prato. Coloco-me distante e vazia em momentos que deveriam ser completamente preenchidos. Pergunto-me onde estarão os planos tão bem estruturados em cartões de boas-vindas recebidos pela minha mãe na maternidade. Ligo para meu pai - ele chora (de desespero diante do meu desespero). Ouço a rua, os pássaros não cantam porque chove. A tempestade pára - e vem a calmaria...

Um comentário:

Unknown disse...

Ju, não sou expert em textos, vc sabe disso... Mas achei ele bem estruturado, tenso... com um quê de questionamento existencial... Mas veja bem... há sempre um raio de sol a nos iluminar, mesmo naqueles momentos mais tenebrosos da nossa existência... Drummond é esse raio de sol... Siga com ele... e tudo se iluminará.... Beijos...