Quimeras
Quando ficar triste,
achando tudo mentira,
verá sonhos invertidos:
como imagens no espelho
mostrando por antônimos
o que o outro queria ter sido.
Não brigue:
a verdade mais frágil saberá dele.
Rita Apoena
créditos: http://www.pequenascoisas.org
Blog que eu particularmente A-DO-RO!
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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
O benefício da dúvida
fragmento de papel encontrado com essa anotação em meio a mais um monte de papéis:
"(...) Não cansamos de nos espantar com a reação, às vezes sem limites, a que as pessoas são levadas por suas convicções. E isso me faz achar que um pouco de dúvida não faz mal a ninguém. Aos messias e seus seguidores, prefiro os homens tolerantes, para quem as verdades são provisórias, fruto mais do consenso que de certezas inquestionáveis."
Ferreira Gullar
"(...) Não cansamos de nos espantar com a reação, às vezes sem limites, a que as pessoas são levadas por suas convicções. E isso me faz achar que um pouco de dúvida não faz mal a ninguém. Aos messias e seus seguidores, prefiro os homens tolerantes, para quem as verdades são provisórias, fruto mais do consenso que de certezas inquestionáveis."
Ferreira Gullar
Como dizer quem come se quando amamos temos a mesma fome?
Frase de ímã de geladeira numa república nas redondezas de uma universidade.
Não é simplesmente a Bruxa. É antes a confidência, exalando-se de um homem (ou de uma mulher).
"(...) De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne
(...)
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me,
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão (...)"
A Bruxa - Carlos Drummond de Andrade
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo,
desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne
(...)
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me,
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão (...)"
A Bruxa - Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Sou uma gordinha COMPULSIVA!
Constatei isso, hoje de manhã, após devorar (vorazmente) quatro cápsulas do calmante natural que guardo na minha geladeira.
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Era dia de feira, precisava preencher o vazio da geladeira
Não comi nada antes de sair de casa. Geladeira vazia.
Fui com aquela vontade incontrolável de se sentir saciada, não importava com o que, não sabia nem o que ia saciar. Fui. Passei por cada prateleira, cada gôndola parecia ser convidativa, cada promoção parecia caber no bolso, cada produto parecia melhor do que a propaganda. Na verdade era só pimenta nos meus olhos, esqueci de lavar o rosto quando acordei. mas tudo bem, o carrinho foi ficando cheio, o dinheiro deve servir ao prazer, não é mesmo!? Mas de repente todo aquele lugar ficou vazio, e nada do que eu havia comprado era aquilo que eu tinha escolhido. As bolachas não eram recheadas, e não era culpa da propaganda enganosa. Fui eu que esqueci os óculos. Esqueci de conferir as embalagens, nem sequer olhei as quantidades. Não tinha mais tato. O único sentido que eu poderia 'sentir' naquele momento era o paladar, mas ali era proibido. A visão estava embaçada, não ouvia mais nada, o cheiro não passava mais por aquele lugar, na verdade nem sequer o ar eu conseguia sentir presente. Tudo girava. E eu comecei a tremer, a sentir uma fraqueza que não era minha, mas eu sentia. E não queria. Eu nem lutava.
Até hoje não sei como cheguei em casa. Foi uma espécie de briga comigo mesma por querer abraçar o mundo, mas não 'dar conta' dele.
Mas enfim, abri a geladeira. E algumas guloseimas estavam lá. Convidativas. Deliciosas.
E então curei meu vazio com açúcar.
Fui com aquela vontade incontrolável de se sentir saciada, não importava com o que, não sabia nem o que ia saciar. Fui. Passei por cada prateleira, cada gôndola parecia ser convidativa, cada promoção parecia caber no bolso, cada produto parecia melhor do que a propaganda. Na verdade era só pimenta nos meus olhos, esqueci de lavar o rosto quando acordei. mas tudo bem, o carrinho foi ficando cheio, o dinheiro deve servir ao prazer, não é mesmo!? Mas de repente todo aquele lugar ficou vazio, e nada do que eu havia comprado era aquilo que eu tinha escolhido. As bolachas não eram recheadas, e não era culpa da propaganda enganosa. Fui eu que esqueci os óculos. Esqueci de conferir as embalagens, nem sequer olhei as quantidades. Não tinha mais tato. O único sentido que eu poderia 'sentir' naquele momento era o paladar, mas ali era proibido. A visão estava embaçada, não ouvia mais nada, o cheiro não passava mais por aquele lugar, na verdade nem sequer o ar eu conseguia sentir presente. Tudo girava. E eu comecei a tremer, a sentir uma fraqueza que não era minha, mas eu sentia. E não queria. Eu nem lutava.
Até hoje não sei como cheguei em casa. Foi uma espécie de briga comigo mesma por querer abraçar o mundo, mas não 'dar conta' dele.
Mas enfim, abri a geladeira. E algumas guloseimas estavam lá. Convidativas. Deliciosas.
E então curei meu vazio com açúcar.
ninguém viu, ninguém vê
Daquela noite, só sobraram reticências não atendidas
E elas viraram exclamações, clamando pra serem notadas
Esperavam estar entre vírgulas,
para dar um explicação talvez
(mas a explicação não quis ser ouvida)
e elas ficaram esquecidas, à mercê de um ponto final
que não chegava
ninguém entendeu nada
?
E elas viraram exclamações, clamando pra serem notadas
Esperavam estar entre vírgulas,
para dar um explicação talvez
(mas a explicação não quis ser ouvida)
e elas ficaram esquecidas, à mercê de um ponto final
que não chegava
ninguém entendeu nada
?
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Eu cito provérbios.
A falta de recursos foi o que sempre me fez ter milhares de cartas na manga. E como diz a filosofia urbana nem aí para a lingüística "Quem não tem cão casa com gato".
Realmente. eu asino embaixo.
Realmente. eu asino embaixo.
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
.
Você não fechou o registro
e eu me afoguei nas lágrimas.
Agora volta e esquece
que temos que dividir a conta de água?
e eu me afoguei nas lágrimas.
Agora volta e esquece
que temos que dividir a conta de água?
Quarto novo
Mudo a disposição das coisas no meu quarto como se desejasse que a disposição das coisas na minha vida mudasse no mesmo ritmo.
está ajudando!
está ajudando!
domingo, 3 de fevereiro de 2008
Como evitar que uma gota d'água evapore ao sol?
- Você é um paradoxo em si mesma.
- No melhor sentido da expressão. Eu sou.
(...)
- E o pior é que parece gostar...
- A-DO-RO! Se eu não fosse um paradoxo eu não seria eu mesma.
- Vai ser legal conhecer pouco a pouco esse paradoxo.
(...)
Vou pensar no enigma.
- No melhor sentido da expressão. Eu sou.
(...)
- E o pior é que parece gostar...
- A-DO-RO! Se eu não fosse um paradoxo eu não seria eu mesma.
- Vai ser legal conhecer pouco a pouco esse paradoxo.
(...)
Vou pensar no enigma.
ficaria bem feliz se fosse verdade!
'Julie, vc já viu como vc e a Brigitte Bardot são parecidas? Claro, qdo ela era nova e bonita.'
juro que tentei achar qqr semelhança, mas foi difícil!
hahaha
juro que tentei achar qqr semelhança, mas foi difícil!
hahaha
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