Em mais uma daquelas comemorações em família, pela qual eu optei - e nem sempre minha opções são as mais certas -, vem a tal da contagem regressiva, ou melhor a espera pela contagem regressiva, que na confusão de fusos e fusões de horários não deu muito certo. Os velhos desejos de 'anos-novos' começaram ao estourar do primeiro espumante - sem-querer, pelo meu irmão desastrado - acho que ainda era ano-passado.
Enfim, aí veio alguém, com toda a sua pose e toda a sua altura me desejar feliz-ano-novo, era o único que tinha sobrado pra me dar mais um abraço. E eu fugindo, desejando a todos muitas coisas, para aquele momento passar devagar e eu não precisar cumprimentá-lo. Não teve jeito, um aperto de mão foi inevitável ao evitar o seu abraço - eu não suportaria tanto. Poucas pessoas presenciaram, mas eu me safei. O feliz-ano-novo mais falso do mundo eu não precisei dar. Dizem que fingir ser simpático deforma o rosto. E o meu rosto continua intacto apenas com um pouquinho de sarcasmo. Então fui comer lentilha.
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2 comentários:
Oii Juu querida, adorei seu blog, muito legal.
bjão :***
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