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domingo, 13 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Pergunta: se a poesia é o presente, qual é o futuro?
NO CORPO - Ferreira Gullar
De que vale tentar reconstruir com palavras
O que o verão levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares?
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
Agora são apenas esta
contração (este clarão)
do maxilar dentro do rosto.
A poesia é o presente.
De que vale tentar reconstruir com palavras
O que o verão levou
Entre nuvens e risos
Junto com o jornal velho pelos ares?
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo da noite
Agora são apenas esta
contração (este clarão)
do maxilar dentro do rosto.
A poesia é o presente.
Minhas tristezas não são exatas
Esse negócio de exatidão é complicado, ainda mais pra alguém que escreve.
Eu não sei exatamente o que sinto em relação à exatidão das coisas.
terça-feira, 8 de junho de 2010
A semente de melancia
Era tão simples ser uma semente de melancia. Seu único trabalho era ser igual às outras. Estar ali - indiferentemente -, porque não faz diferença comer ou não uma semente de melancia: ninguém tem o trabalho de mastigar, de morder, nem de engolir. Ela só escorrega e vai goela abaixo. Vive numa grande bola verde e não tem nem o trabalho de ser separada. Seus comedores, quando muito preguiçosos, nem a isso se dão ao trabalho. Elas servem apenas para fazerem nascer mais delas. Ah! Mas elas também devem saber plantar ilusões: a de que um dia, na barriga de alguém, elas possam germinar.
Pena que o mundo é azul, e não verde.
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